O site canadense Now Toronto fez uma breve crítica sobre “Disobedience” onde elogia a atuação de Rachel no filme. Confira abaixo:
Disobedience
Lelio (“Gloria”, “Uma mulher fantástica”, também no TIFF) continua a perseguir sua preocupação com as mulheres que desafiam as normas sociais nesta história de duas mulheres que têm um caso em uma comunidade judaica ortodoxa em Londres. Está bem feito, se não inteiramente convincente.
A fotógrafa da cidade de Nova York, Ronit (Rachel Weisz), volta para casa em Londres após a morte de seu pai, um rabino estimado. Sua inquietação no começo parece provir de sua sensação de que todos a desaprovam por ela – ela fugira da comunidade para buscar uma vida secular – mas logo fica claro que ela está nervosa em encontrar-se com Esti (Rachel McAdams), que tinha sido a sua amante secreta. Esti é casada com Dovid (Alessandro Nivola), outro antigo amigo íntimo de Ronit, que está em linha para ser o próximo rabino. Ela tem sido a esposa obediente por anos, mas não pode resistir a Ronit.
Lelio se destaca em criar ambiguidade – não está claro o quanto a comunidade fechada sabia sobre o caso, por exemplo – e Weisz é mais uma vez excelente, desta vez como uma mulher que luta para se rebelar e ser respeitosa ao mesmo tempo.
Mas McAdams é a chave aqui, transmitindo o conflito interno entre seu dever e seu desejo, tolerando, por um lado, sexy no outro. Esta é uma atriz que assume o tipo de riscos que devem levar sua carreira a novos níveis.
Mas alguns elementos não fazem sentido. Por que Dovid concorda em deixar Ronit ficar com ele e Esti, conhecendo a história de sua esposa? E ele faz um rápido sobre feito em alguns problemas que prejudicam a credulidade.
Em última análise, o filme tende a simplificar os problemas transmitidos com tanta habilidade em Trembling Before G-d, o documentário de 2001 sobre judeus ortodoxos.